♪Jean Ferreira♪

     RIO - A cena deixou muito marmanjo apaixonado. A moça morena, com uma franja meio retrô e uma blusinha branca, escuta o som vindo do headphone do rapaz e revela que gosta de The Smiths. Frente à incredulidade dele, ela entoa um trecho de "There is a light that never goes out". "To die by your side is such a heavenly way to die", diz, melosamente. O curto verso primeiro provou que a tal moça sabia cantar tanto quanto atuar. Depois, mostrou que já era hora de uma atriz e estrela da música independente americana ganhar o mundo. Acendia-se, então, a luz para a californiana Zooey Deschanel.

     Zooey foi a complicada mocinha do filme "(500) dias com ela", de Marc Webb, uma comédia romântica em que ela canta The Smiths, dá um fora no personagem de Joseph Gordon-Levitt e seduz a plateia com o olhar hipnótico que pode ser visto acima. Mas isso foi num distante 2009. Hoje, é a faceta cantora de Zooey que tem se sobressaído, em sua parceria com o violonista M. Ward, na banda She & Him. O segundo disco da dupla, simplesmente intitulado "Volume two", foi lançado nos EUA no fim de março. Na semana passada, chegou à sexta posição do ranking de mais vendidos da Billboard americana. Já entre os independentes, ele foi o primeiro colocado. Entre os de rock, de folk e alternativos, também.
     - Eu fico feliz, mas sinceramente não me importo tanto com isso. Minha única preocupação é ser sincera, o mais verdadeira possível nas minhas músicas - contou Zooey, em entrevista por telefone ao GLOBO.